Na quarta-feira, 17 de outubro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação com o aumento das tensões em torno da Venezuela, alertando que isso pode causar consequências imprevisíveis para todo o Ocidente. Essa declaração foi feita em meio a novas ações adotadas pelos Estados Unidos contra o governo venezuelano.
Na terça-feira, 16 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um “bloqueio” a todos os navios petroleiros que tenham sido sancionados e que estão entrando ou saindo da Venezuela. Essa medida faz parte de uma estratégia do governo dos Estados Unidos para intensificar a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, visando atingir diretamente a principal fonte de renda do país.
Ainda não se sabe como os Estados Unidos planejam implementar esse bloqueio. Existe a possibilidade de que a Guarda Costeira americana seja utilizada para interceptar os navios, similar ao que já ocorreu em ações anteriores. Nos últimos dias, os Estados Unidos também enviaram milhares de soldados e cerca de doze navios de guerra para a região, incluindo um porta-aviões, aumentando assim a presença militar na área.
Em resposta a essas medidas, o governo da Venezuela publicou uma nota rejeitando o que chamou de “ameaça grotesca” por parte de Trump e considerou as ações dos Estados Unidos como uma violação da soberania venezuelana.
Essas tensões internacionais tiveram reflexos no mercado de energia. Nesta quarta-feira, os preços do petróleo subiram mais de 1% no comércio asiático. Na terça-feira, o barril de petróleo havia fechado sendo negociado a US$ 55,27, o menor preço registrado desde fevereiro de 2021.