O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira que o país não planeja realizar novos ataques a outras nações, desde que seja tratado com respeito. A declaração ocorreu em um momento de preocupação crescente entre os países europeus sobre a segurança na região, especialmente devido à invasão da Ucrânia.
Durante a conferência, que ocorre anualmente e dura cerca de quatro horas, diversos jornalistas e cidadãos de todo o país puderam questionar o líder russo. Putin destacou que não haveria novas operações militares se os demais países respeitassem os interesses da Rússia, assim como ele alegou fazer. Ele se referiu à invasão da Ucrânia como uma “operação militar especial”, um termo que se tornou comum em sua discursão sobre o conflito.
Putin também se manifestou sobre o tema da expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirmando que a Rússia não iniciará mais invasões, desde que não haja enganos relacionados a esse processo de expansão. O presidente russo disse estar aberto a um término pacífico da guerra na Ucrânia, embora não tenha indicado claramente as condições sob as quais estaria disposto a negociar.
Em resposta a perguntas sobre a situação do conflito, Putin afirmou que as forças russas estão avançando e expressou confiança de que a Rússia alcançará seus objetivos por meio de operações militares, caso a Ucrânia não aceite os termos propostos nas conversas de paz. Ele afirmou que as tropas russas estão registrando avanços em várias frentes, com o inimigo, segundo ele, recuando.
Enquanto isso, em meio ao prolongamento da guerra, a União Europeia anunciou um empréstimo de mais de 105 bilhões de dólares à Ucrânia, buscando apoio financeiro para o país.
O evento gerou um grande engajamento, com mais de 2,5 milhões de perguntas enviadas para a coletiva deste ano, que se concentrou principalmente no conflito em curso.