Erupção do Monte Etna Chama a Atenção nas Redes Sociais
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma nova erupção do Monte Etna, localizado na ilha da Sicília, Itália. As imagens, registradas neste domingo (28), mostram explosões intensas, colunas de fumaça e fluxos de lava, criando um contraste impressionante com a neve que ainda cobria a região.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), a atividade eruptiva começou na cratera nordeste do vulcão, que lançou material piroclástico em diversas direções. Outra cratera na parte superior apresentou um aumento na atividade, com uma densa coluna de fumaça que alcançou dezenas de metros de altura. O fluxo de lava já percorreu cerca de 1,8 quilômetro em direção ao Valle del Bove.
Na manhã do domingo, as autoridades emitiram um alerta vermelho para a aviação devido à densidade da fumaça. No entanto, o aeroporto de Catânia-Fontanarossa continuou as operações, sem interrupções nos voos, segundo informações oficiais.
Embora o Monte Etna seja um dos vulcões mais monitorados do mundo, especialistas alertam que as maiores ameaças vulcânicas não vêm sempre dos vulcões mais conhecidos. Mike Cassidy, professor da Universidade de Birmingham, destaca que vulcões menos monitorados em áreas densamente povoadas, como algumas regiões do Pacífico, América do Sul e Indonésia, podem representar riscos maiores.
Cassidy menciona o caso do vulcão Hayli Gubbi, na Etiópia, que começou a entrar em erupção em novembro de 2025 após mais de 12 mil anos de inatividade. Essa erupção projetou cinzas a mais de 13 quilômetros de altura, interferindo na aviação até o norte da Índia e demonstrando a vulnerabilidade das regiões que só percebem o perigo quando já está em curso.
Além disso, o pesquisador lembra da erupção do El Chichón, no México, em 1982, que causou a morte de mais de 2.000 pessoas e teve repercussões climáticas globais. Esse tipo de evento local pode rapidamente escalar para uma crise internacional.
O vídeo da recente erupção do Monte Etna, mesmo ocorrendo em circunstâncias controladas, serve como um alerta sobre a importância do monitoramento contínuo e da colaboração científica global para minimizar os riscos futuros associados a atividades vulcânicas.