quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
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Sexa: o amor e o jogo em qualquer fase da vida

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[email protected] EM 16 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 16:54

No dia 11 de dezembro, coincidentemente seu aniversário, a atriz Gloria Pires participou de um debate sobre “Sexa”, o primeiro filme que ela dirige. No longa, a personagem Bárbara, interpretada por Gloria, completa 60 anos na primeira cena. Sua melhor amiga chega com um bolo e pergunta o que Bárbara havia pedido ao apagar as velas. A resposta dela é um pedido inusitado: “Pedi colágeno”. Esse diálogo é um prenúncio do tom leve e reflexivo que o filme promete.

As interações entre as personagens abordam temas como a percepção da idade e os padrões de beleza impostos pela sociedade. Em uma conversa, destacam que “homens carecas, barrigudos e grisalhos não se preocupam; eles continuam charmosos e confiantes”. Isso contrasta com a insegurança de algumas mulheres sobre a idade. Um diálogo entre Bárbara e sua amiga toca na pressão que a sociedade coloca sobre as mulheres, sugerindo que ser “sexagenária” deve vir com limitações de prazer e estilo de vida.

Bárbara também sai para jantar com seu filho de 33 anos, que critica suas escolhas de vestuário, questionando a adequação de uma minissaia em sua idade. Quando ela tem dificuldade para ler o cardápio, o filho brinca que precisa aceitar a idade e mudar os óculos. A relação familiar é tensa, especialmente quando ele descobre que ela está namorando um homem 25 anos mais jovem. A insegurança de Bárbara em relação a essa diferença de idade é evidente, e ela reflete sobre o que pensarão os outros no futuro, enquanto seu namorado a incentiva a ignorar as opiniões alheias.

Com um roteiro sensível e um elenco talentoso, “Sexa” explora as dificuldades enfrentadas por mulheres em uma sociedade que valoriza excessivamente a juventude. O filme aborda temas como abuso financeiro, violência verbal e preconceito em relacionamentos com homens mais novos, além de destacar a importância da amizade entre mulheres.

Antes do debate, Gloria Pires participou do programa “Sem Censura” e compartilhou algumas lembranças. Ela mencionou Leila Diniz, que, em 1971, desafiou padrões ao exibir sua barriga grávida de biquíni. Essa atitude inspirou muitas mulheres a aceitarem seus corpos durante a gravidez. Gloria também fez um paralelo ao seu próprio ato de aceitar os cabelos brancos durante a pandemia, o que ajudou muitas outras mulheres a se libertarem do medo e da vergonha de envelhecer.

A mensagem central do debate e do filme é clara: é fundamental abandonar preconceitos relacionados à idade e valorizar a beleza da maturidade. Cada mulher que se liberta desses estigmas incentiva outras a fazer o mesmo, promovendo uma nova perspectiva sobre o envelhecimento. “Sexa” ilustra bem esses insights, reafirmando que nunca é tarde para amar, brincar e sonhar, e que muitas mulheres florescem à medida que envelhecem, encontrando novas formas de felicidade e autonomia.

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