As negociações em Berlim sobre um possível acordo de paz para a Ucrânia estão avançando, com progressos em questões de garantias de segurança e a adesão do país à União Europeia. No entanto, ainda existem desavenças significativas sobre a questão das transferências territoriais, especialmente em relação a áreas que a Rússia deseja annexionar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deixou claro que a Ucrânia não irá reconhecer a região do Donbass como parte da Rússia. Em suas declarações, ele enfatizou que “a paz deve ser justa” e que “a dignidade da Ucrânia é importante”. Apesar das dificuldades, Zelensky comentou que as conversas têm sido produtivas e renovou seu pedido para que os ativos russos congelados, mantidos em bancos europeus, sejam utilizados em apoio à Ucrânia. Este assunto será discutido na próxima reunião do Conselho Europeu, onde os líderes da UE decidirão sobre o uso desses ativos em prol da defesa ucraniana.
Um dos principais pontos discutidos em Berlim foi a proposta de uma “força multinacional” para proteger a Ucrânia. Essa força, que teria participação europeia e apoio dos Estados Unidos, seria responsável por ajudar na regeneração das forças armadas ucranianas, proteger o espaço aéreo e garantir a segurança nos mares ucranianos. Esta proposta inclui a formação de um exército ucraniano de 800.000 soldados e garantias de segurança comparáveis às do Artigo 5 da OTAN, que estabelece que um ataque contra um membro da aliança é considerado um ataque contra todos.
O presidente dos Estados Unidos, Trump, participou das discussões e afirmou que os líderes europeus estão cada vez mais comprometidos em encontrar uma solução para o conflito. Apesar das críticas dirigidas à União Europeia, Trump expressou otimismo e destacou que “hoje estamos mais perto do que nunca” de chegar a um acordo de paz.
Essas negociações em Berlim refletem os esforços contínuos para encerrar a guerra na Ucrânia, mas as tensões em torno das questões territoriais ainda representam um obstáculo significativo para a paz duradoura. As próximas reuniões poderão ser decisivas para o futuro da Ucrânia e suas relações com a Rússia.