O Ministério das Relações Exteriores da Rússia fez um alerta para que seus cidadãos evitem viajar para a Alemanha. A recomendação é baseada na possibilidade de enfrentarem perseguição e assédio devido à sua nacionalidade. Maria Zakharova, porta-voz do ministério, enfatizou que as viagens devem ser evitadas, a menos que sejam absolutamente necessárias.
Durante uma coletiva de imprensa, Zakharova mencionou casos em que cidadãos russos foram alvo de “assédio injustificado” por parte das autoridades alemãs, alegando que isso ocorre sob o pretexto das sanções da União Europeia, relacionadas ao conflito com a Ucrânia. Essas sanções impactam até mesmo a compra de bens para uso pessoal, resultando em apreensões de itens por parte da alfândega alemã.
De acordo com informações apresentadas, compras que ultrapassam o valor de US$ 300 (aproximadamente R$ 1.662) são frequentemente confiscadas. Zakharova destacou que essas situações têm causado perdas financeiras para os cidadãos, que não apenas têm seus bens retirados, mas também enfrentam atrasos que podem fazer com que percam voos, levando-os a ter que adquirir novas passagens.
A porta-voz também afirmou que, atualmente, a Alemanha se tornou um “território sem lei” para pessoas russas, com as autoridades locais agindo de forma persistente e aberta contra esses cidadãos.
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Alemanha tem sido uma forte apoiadora da Ucrânia dentro da União Europeia, oferecendo quase € 44 bilhões (cerca de R$ 287 bilhões) em assistência. Friedrich Merz, líder da oposição na Alemanha, reiterou que a Rússia é uma ameaça para Berlim e para a União Europeia.
Por outro lado, autoridades russas contestam as acusações de que estão desenvolvendo planos agressivos contra a União Europeia. Eles afirmam que essas alegações são baseadas em informações falsas divulgadas por políticos ocidentais, com a intenção de desviar a atenção dos problemas internos e justificar o aumento nos gastos militares.