sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
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Takaichi: comunicação com a China segue aberta

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[email protected] EM 26 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 11:23

A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou que as comunicações com a China continuam abertas e que o país busca construir uma relação construtiva e estável com Pequim. Essa declaração foi dada na última quinta-feira, 25 de dezembro, em resposta a perguntas durante um discurso.

Em suas falas, Takaichi destacou a importância da comunicação entre as nações vizinhas, especialmente em tempos de desafios e preocupações mútuas. Ela enfatizou que o Japão está disposto a dialogar em todos os níveis, inclusive no nível da liderança. “Estamos abertos a todo tipo de diálogo com a China. Não fechamos essa porta”, declarou a primeira-ministra.

A conversa também ocorreu em meio a uma disputa entre Japão e China, após Takaichi ter feito comentários em novembro sobre a possibilidade de as Forças de Autodefesa do Japão serem mobilizadas em resposta a um ataque chinês a Taiwan. Esses comentários geraram uma forte reação por parte de Pequim, que incluiu restrições ao turismo chinês no Japão e críticas públicas à primeira-ministra.

Como resposta, as autoridades chinesas pediram que as agências de viagens internas limitassem as visitas ao Japão em 60% em relação aos níveis atuais. Takaichi, entretanto, reiterou que o Japão manterá canais de comunicação. “Tomarei as medidas apropriadas para proteger os interesses do Japão e a segurança do nosso povo”, afirmou.

Além das questões diplomáticas, Takaichi também abordou desafios econômicos durante seu discurso de fim de ano. Ela ressaltou a necessidade de um ambiente favorável para que as empresas possam aumentar os salários e combater a inflação, que tem impactado o poder de compra dos cidadãos. Apesar de os salários nominais terem alcançado níveis históricos recentemente, a remuneração real, ou seja, o poder de compra efetivo, caiu pelo décimo mês consecutivo em outubro.

O discurso da primeira-ministra foi uma tentativa de mostrar que, apesar das tensões externas, o governo continua focado em assuntos econômicos internos, como política fiscal e cadeias de suprimentos. O cenário econômico, influenciado por fatores como tarifas dos Estados Unidos, tem aumentado a incerteza para líderes empresariais e sociedade.

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