A Rússia iniciou o uso de drones de ataque Geran-2, baseados no modelo iraniano Shahed-136, equipados com mísseis ar-ar R-60. Esta é a primeira vez que esses drones são armados com esse tipo de míssil, sinalizando uma nova estratégia na ofensiva russa contra as forças aéreas da Ucrânia.
Em um comunicado de 1º de dezembro, um coronel do Estado-Maior da Ucrânia confirmou que o drone foi lançado carregando um míssil Vympel R-60, desenvolvido na era soviética, instalado sob sua asa. Segundo ele, essa modificação tem como objetivo principal atacar helicópteros ucranianos. O coronel destacou a importância de as tripulações e os comandos ucranianos estarem cientes desse novo ataque e adotarem medidas defensivas adequadas.
A introdução do R-60 nos drones Geran-2 segue uma tendência observada anteriormente, em que a Rússia utilizou veículos não tripulados de superfície e aeronaves de pulverização agrícola com armamentos teleguiados. Com a adição do R-60, a Rússia pretende melhorar sua capacidade de ataque em longo alcance, demonstrando um interesse crescente em integrar diferentes tipos de armamentos em seus drones.
Imagens de interceptores ucranianos mostram o míssil montado no Geran-2. O R-60 é uma opção viável devido ao seu tamanho e peso, que é de 44 kg. Para comparação, o Geran-2 pode transportar uma ogiva de mais de 50 kg, permitindo essa nova configuração. Além disso, o R-60 está rapidamente disponível nos estoques da Força Aérea Russa, o que facilita sua integração.
As autoridades da Ucrânia acreditam que a Rússia busca neutralizar suas aeronaves que operam em baixas altitudes. Com isso, um drone que originalmente era projetado para ataques suicidas e que possui um custo baixo pode ser convertido em um arma capaz de lançar mísseis ar-ar. Essa é uma tática inovadora e ainda não documentada em conflitos anteriores, revelando um novo nível de complexidade nas operações de combate.