Os preços do petróleo aumentaram mais de US$ 1 por barril nesta segunda-feira, impulsionados por um novo desdobramento no conflito entre Rússia e Ucrânia, bem como por tensões no Oriente Médio. A Rússia acusou a Ucrânia de realizar um ataque com drones contra a residência do presidente Vladimir Putin, o que gerou um clima de instabilidade. Além disso, comerciantes estão preocupados com possíveis interrupções no fornecimento de petróleo, especialmente em razão das crescentes tensões no Iémen.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$ 1,30, ou 2,1%, fechando a US$ 61,94 por barril. Já o petróleo West Texas Intermediate, referência nos Estados Unidos, teve um aumento de US$ 1,34, equivalente a 2,4%, com o fechamento a US$ 58,08.
A acusação russa sobre o ataque com drones levou o governo de Moscou a reavaliar sua posição nas negociações de paz com a Ucrânia. Por sua vez, a Ucrânia refutou essas alegações, afirmando que a Rússia está apenas buscando justificativas para intensificar os ataques contra o país vizinho.
Uma consultoria em comércio de petróleo, a Ritterbusch and Associates, afirmou que, a menos que a Rússia mude suas exigências sobre território e garantias de segurança, é esperado que os preços do petróleo continuem a subir nas próximas semanas.
Antes das tensões aumentarem com as alegações sobre o ataque, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy se reuniu com representantes dos Estados Unidos. Ele destacou que houve progresso nas negociações e confirmou que as equipes da Ucrânia e dos EUA se encontrarão na próxima semana para discutir soluções para encerrar o conflito com a Rússia. Esse desenvolvimento nas negociações representa uma esperança para a paz na região, mas a escalada de tensões pode complicar ainda mais o cenário.