segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
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Petro critica Trump por fechamento do espaço aéreo da Venezuela

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[email protected] EM 30 DE NOVEMBRO DE 2025, ÀS 13:52

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que um “presidente estrangeiro” não tem o direito de fechar o espaço aéreo de outro país. O comentário de Petro surgiu após uma declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pediu às companhias aéreas e a traficantes de drogas que considerassem o espaço aéreo da Venezuela como “fechado em sua totalidade”. Esta declaração foi feita no último sábado, 29 de julho, e reflete um aumento nas tensões com o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A reação da Venezuela não tardou. O governo de Caracas classificou a advertência de Trump como uma “ameaça colonialista” à sua soberania territorial. Em resposta, Petro utilizou a rede social X para questionar: “Sob qual norma de direito internacional um presidente pode declarar o fechamento do espaço aéreo de outra nação?”. Ele enfatizou que tal ato desrespeita o conceito de soberania nacional.

Petro ainda acrescentou que, se um presidente estrangeiro pode fechar o espaço aéreo de outro país sem um respaldo legal, isso indicaria uma falha da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que é a única entidade global encarregada de regular a aviação civil. Para ele, essa situação demonstra que a OACI não está cumprindo seu papel ao permitir ações unilaterais que desrespeitam os direitos de soberania dos Estados.

A declaração de Trump ocorre em um contexto de crescente preocupação com a segurança na região. Na semana anterior, as autoridades de aviação dos Estados Unidos haviam orientado as companhias aéreas a “agir com precaução” ao sobrevoarem a Venezuela, citando uma “situação de segurança em deterioração” e a intensificação da atividade militar na área.

Como resultado dessa situação, várias companhias aéreas, que são responsáveis por uma parte significativa do tráfego aéreo na América do Sul, decidiram suspender seus voos para a Venezuela. Entre elas, estão a espanhola Iberia, a portuguesa TAP, a colombiana Avianca, a chileno-brasileira Latam, a brasileira GOL e a turca Turkish Airlines. Estas ações refletem as preocupações sobre a segurança e a estabilidade na região, além de trazer impactos diretos nas operações aéreas entre os países sul-americanos.

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