No último domingo (14), José Antonio Kast, candidato de extrema-direita, foi eleito presidente do Chile, marcando um retorno do setor ao poder após o fim da ditadura. A vitória de Kast era esperada, pois as pesquisas já o apontavam como favorito. Ele derrotou Jeannette Jara, do Partido Comunista, que havia vencido o primeiro turno, mas perdeu apoio no segundo devido à união de votos em favor de Kast por parte dos outros três candidatos de direita.
Após a confirmação da derrota, Jeannette Jara parabenizou Kast por telefone, afirmando que “a democracia falou alto e claro”. Essa vitória representa um marco significativo na história política do Chile.
Essa foi a terceira tentativa de Kast em concorrer à presidência. Em 2021, ele foi derrotado por Gabriel Boric, o atual presidente do país. Para estas eleições, Kast adotou uma estratégia diferente, com menos críticas aos movimentos sociais e um foco maior em assuntos como segurança pública e imigração.
Kast, que é pai de nove filhos, declarou que “o país está desmoronando”. Ele prometeu medidas rigorosas, incluindo a deportação de imigrantes sem status legal, aumento da força policial e construção de novas prisões, seguindo exemplos de líderes como Donald Trump e Nayib Bukele. Na área econômica, propôs cortes de gastos de cerca de 6 bilhões de dólares, embora sua equipe tenha informado que esses ajustes podem levar mais tempo do que o esperado.
É um momento importante e que poderá trazer mudanças significativas para o futuro do Chile, e a atenção agora se volta para as promessas e medidas que serão implementadas pelo novo governo.