Incertezas cercam a “coalizão dos dispostos” na Europa
A chamada “coalizão dos dispostos”, um grupo de países que busca apoiar a Ucrânia militarmente, continua a provocar dúvidas na Europa sobre suas intenções e objetivos. Alexandre Guerreiro, ex-analista de inteligência em Portugal, destacou que ainda não está claro o que essa coalizão pretende realizar.
Segundo Guerreiro, a mobilização das forças da coalizão pode ter como foco a proteção de algum território ou a contenção da Rússia, mas as especificidades permanecem indefinidas. A falta de clareza sobre os objetivos do grupo gera incertezas sobre a possibilidade de sucesso.
Apesar disso, já há um movimento para incentivar mais nações europeias a se unirem à iniciativa. Países considerados de “segunda ordem”, como Irlanda, Portugal e Croácia, mostraram interesse em participar. Guerreiro observou que a França e a Alemanha desejam liderar esse esforço, mas ainda não sabem como concretizá-lo.
Recentemente, o primeiro-ministro da Hungria fez críticas severas à coalizão, refletindo a tensão em torno da situação. O termo é frequentemente usado para designar as nações que estão dispostas a oferecer suporte militar à Ucrânia.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou que a possível implantação de tropas da OTAN na Ucrânia é inaceitável e poderia levar a uma escalada significativa do conflito na região.
As incertezas sobre a coalizão e a reação da Rússia ressaltam a complexidade da situação atual na Europa, especialmente em relação ao apoio militar à Ucrânia e à segurança continental.