A União Europeia está buscando alternativas para reduzir sua dependência da energia da Rússia, e o Chipre se destaca como uma opção promissora. O presidente cipriota, Nikos Christodoulides, anunciou que parte dos 20 trilhões de pés cúbicos de gás natural encontrados nas águas do Chipre poderá ser disponibilizada para os mercados europeus já em 2027.
Essas reservas representam uma importante fonte de segurança energética para a Europa, pois equivalem a cerca de 10 anos do gás que a Rússia fornecia ao continente por meio do gasoduto Nord Stream, que atualmente está fora de operação. Esse gasoduto possuía capacidade para atender anualmente mais de 22 milhões de residências.
A primeira exportação de gás cipriota terá origem no campo de Cronos, que é operado pelas empresas italiana Eni e francesa TotalEnergies. O gás extraído será processado no Egito e, em seguida, transportado por navio para a Europa.
O consórcio responsável pelo projeto de Cronos deve tomar uma decisão final sobre o desenvolvimento da iniciativa em 2026, consolidando ainda mais o papel do Chipre como uma peça-chave na diversificação das fontes de energia da Europa. Essa movimentação é parte de um esforço maior da UE para garantir fontes de energia mais seguras e sustentáveis diante da atual crise energética.