Vinho Brasileiro em Alta: Desafios e Oportunidades
O vinho brasileiro vem ganhando destaque no mercado, segundo Marcelo Copello, um dos principais críticos de vinhos do país. Recentemente, ele participou do evento Brasil de Guarda, organizado pelo Grupo Baco e a feira Wine South America, realizada em São Paulo. Durante a ocasião, Copello avaliou a qualidade dos vinhos nacionais, comparando safras brasileiras antigas com aquelas de regiões renomadas internacionalmente.
Copello destacou a qualidade das safras antigas, como as de 1973, 1983, 1993 e 2005, que se destacam pelo sabor e potencial. Apesar disso, ele apontou que a promoção do vinho brasileiro ainda é insuficiente. Enquanto países como Itália e Portugal investem pesadamente na divulgação de seus produtos, o Brasil precisa intensificar seus esforços para tornar seus vinhos mais conhecidos e valorizados.
Além da promoção, Copello mencionou que os altos impostos e os custos de produção elevados têm um impacto significativo nos preços dos vinhos nacionais. Ele explica que a produção em menor escala, a dificuldade de mecanização nas vinícolas da Serra Gaúcha e a importação de insumos como garrafas e rolhas contribuem para isso. Como resultado, o vinho brasileiro se posiciona mais no segmento médio-alto do mercado, o que pode limitar o acesso a consumidores que buscam opções mais baratas.
Copello também avaliou o cenário para os próximos anos. Ele acredita que o interesse do consumidor por vinhos deve continuar crescendo até 2026, refletindo um potencial de expansão, mesmo que de forma gradual. A Wine South America, em particular, é vista como uma plataforma essencial para conectar produtores, jornalistas e consumidores, promovendo negócios e aumentando a visibilidade do vinho nacional.
Em resumo, o futuro parece promissor para os vinhos brasileiros, que, com estratégias adequadas de promoção e redução de custos, podem conquistar uma fatia maior do mercado. Marcelo Copello resume essa visão otimista em uma palavra: “qualidade”.