O mercado de fertilizantes no Brasil continua apresentando volumes expressivos de importação, com algumas variações em 2025. Segundo uma análise recente, o cenário é afetado por uma diminuição na demanda global e ajustes na oferta, que estão impactando os preços e a origem dos produtos.
Nos primeiros 11 meses de 2025, o país importou 38,8 milhões de toneladas de fertilizantes, um aumento de 2,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, houve uma queda significativa em novembro, com importações 18% inferiores ao mesmo mês do ano passado. Apesar dessa desaceleração, as importações totais ainda permanecem acima do que foi registrado em 2024.
A China se destaca como o principal fornecedor de fertilizantes ao Brasil, superando a Rússia. A participação da China neste mercado cresceu de 5% em 2016 para 23% em 2025, somando quase metade das importações brasileiras quando combinada com a Rússia.
Em relação aos tipos de fertilizantes, o mercado de nitrogenados enfrenta desafios. A falta de novos leilões de ureia pela Índia fez com que os preços caíssem para cerca de 400 dólares por tonelada nos portos brasileiros no início de dezembro. O segmento de potássicos também está com pouco movimento, com o cloreto de potássio (KCl) sendo negociado a 352 dólares por tonelada. No setor fosfatado, a ampliação da oferta global resultou em uma queda no preço do MAP, que agora é cotado a 625 dólares por tonelada no porto.
A expectativa dos especialistas é que, apesar do cenário atual de preços em queda e redução na demanda, haja uma leve recuperação nos próximos meses, principalmente com a anticipated sazonalidade das compras no Hemisfério Norte. Essa dinâmica será crucial para o acompanhamento do mercado de fertilizantes no país.