sábado, 27 de dezembro de 2025
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Calor extremo provoca mais de 500 mil mortes anuais, aponta relatório

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[email protected] EM 26 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 23:23

Cenário Crítico de Queimadas e Calor no Brasil e na América Latina

O Brasil e a América Latina enfrentam uma situação alarmante em relação ao impacto das queimadas e ao aumento das temperaturas. Nos últimos anos, os dados revelam que cerca de 7,7 mil brasileiros morrem anualmente devido à inalação de fumaça proveniente de queimadas, um problema que se intensificou entre 2020 e 2024. Além disso, estimativas apontam que aproximadamente 3,6 mil vidas se perdem todos os anos em decorrência de doenças e complicações geradas pelo calor excessivo.

A situação se torna ainda mais preocupante quando observamos as ondas de calor. A exposição dos brasileiros a esses fenômenos climáticos aumentou significativamente. Em média, os brasileiros enfrentam cerca de 15 dias de calor extremo por ano. A maioria desses dias, cerca de 94%, é atribuída diretamente às mudanças climáticas provocadas pela ação humana, evidenciando a relação entre as atividades humanas e os eventos climáticos extremos.

Seca Extrema e Aumento das Temperaturas

Além do aumento das temperaturas, a geografia do país também está passando por transformações. Um estudo indica que 72% do território brasileiro sofreu com pelo menos um mês de seca extrema entre 2020 e 2024. Esse percentual é alarmante e dez vezes maior do que o registrado nas décadas de 1950 e 1960.

A situação não se limita ao Brasil. Na América Latina, a temperatura média atingiu um recorde de 24,3°C em 2024, um aumento que também culminou em um crescimento alarmante no número de mortes por calor, com 13 mil vidas perdidas anualmente na região.

Esses dados ressaltam a urgência de ações efetivas para enfrentar as crises climáticas e de saúde pública que afetam o continente. A interconexão entre queimadas, calor extremo e suas consequências para a população é uma das questões mais desafiadoras que os países da região precisam enfrentar.

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