Recentemente, o chanceler alemão Friedrich Merz fez críticas severas ao Brasil e à cidade de Belém, que sedia a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). Em um discurso no Congresso Alemão do Comércio, no dia 13 de novembro, Merz afirmou que jornalistas da imprensa alemã estavam aliviados por retornar ao seu país após a cobertura do evento.
Essas declarações levantaram dúvidas sobre a condução da conferência pelo governo brasileiro, que ficou sob pressão devido a diversos problemas enfrentados durante o evento. Embora Belém seja conhecida por sua beleza e rica cultura, a cidade não possui a infraestrutura necessária para receber um evento dessa magnitude. A falta de vagas em hotéis, aliada à alta demanda por serviços, causou inflação nos preços, gerando insatisfação em relação ao comércio local.
Além disso, entre os dias 10 e 17 de novembro, fortes chuvas atingiram a cidade, danificando as estruturas montadas para a COP30. Imagens de alagamentos e goteiras nos pavilhões circularam nas redes sociais, aumentando as críticas em relação às condições do evento.
A segurança também foi um ponto crítico. No segundo dia da conferência, cerca de 150 ativistas invadiram o pavilhão, resultando em feridos entre os seguranças. Esse episódio levou a ONU a exigir uma solução para os problemas estruturais da conferência por parte do governo brasileiro.
Um incêndio na chamada Zona Azul dos pavilhões também gerou preocupação, pois poderia afetar as negociações sobre combustíveis fósseis, tema central nas discussões sobre mudanças climáticas.
O resultado geral da COP30 foi considerado um grande revés político, prejudicando a imagem do Brasil durante uma oportunidade de se destacar no cenário global de sustentabilidade. O evento poderia ter sido um marco para mostrar o potencial do país em energia limpa e sua capacidade de colaborar com outras nações na busca de soluções para a crise climática. Infelizmente, esse potencial não foi aproveitado, e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que era uma das principais apostas do governo, acabou ficando em segundo plano.
Dessa forma, o país perdeu uma chance importante de se posicionar como um líder ambiental no mundo.