Na última quinta-feira, 14 de setembro, o WhatsApp deu um passo significativo ao liberar um novo recurso que permite a troca de mensagens com usuários de outros aplicativos de mensagens. Esse avanço, no momento, está restrito à Europa e atende às exigências da Lei de Mercados Digitais (DMA), uma regulamentação da União Europeia (UE) que obriga grandes empresas de tecnologia a permitir a interoperabilidade entre diferentes serviços.
### Mensagens entre aplicativos diferentes
Com essa novidade, os usuários do WhatsApp na Europa poderão enviar mensagens de texto, áudios, imagens, vídeos e arquivos para contatos que utilizem outros aplicativos de mensagens compatíveis. Atualmente, apenas dois aplicativos estão integrados: o BirdyChat, que é voltado para comunicação em ambientes corporativos, e o Haiket, que foca em mensagens de voz.
A Meta, empresa que controla o WhatsApp, informou que para garantir a segurança das comunicações, os aplicativos de terceiros precisam adotar a mesma criptografia de ponta a ponta (E2EE) utilizada no WhatsApp. Isso significa que as mensagens estarão protegidas, mesmo quando trocadas entre plataformas diferentes.
A Meta também anunciou que, nos próximos meses, mais serviços serão adicionados, aumentando a lista de aplicativos que poderão se comunicar com o WhatsApp.
### Por que a novidade é exclusiva da Europa?
Esse novo recurso é resultado das recentes mudanças nas regras estabelecidas pela Lei de Mercados Digitais na União Europeia. Essa legislação exige que plataformas digitais permitam a comunicação entre diferentes serviços, promovendo maior liberdade para os usuários.
A Meta destacou que essa integração representa um avanço importante em sua conformidade com as exigências da DMA, tornando o WhatsApp compatível com os padrões de comunicação definidos pela UE.
Atualmente, não há informações sobre quando ou se esse recurso será expandido para outras regiões fora da Europa. Especialistas acreditam que essa implementação possa servir como um teste para uma possível aplicação em nível global, embora o desafio permaneça em assegurar que todos os serviços se comprometam a manter os mesmos padrões de segurança e criptografia, evitando possíveis brechas de privacidade.