A China tem atuado para evitar que conflitos em regiões como a Europa, o Oriente Médio e a África se espalhem para a Ásia. O país se posicionou como um importante estabilizador na região, diferentemente do papel desempenhado pelos Estados Unidos na América Latina, que muitas vezes fomentam tensões.
Em relação à guerra comercial iniciada pelo ex-presidente Donald Trump, a China adotou uma postura firme, mas também buscou diálogo para promover uma visão mais equilibrada sobre suas intenções. O governo chinês, ao negociar, trouxe à tona questões essenciais, como o comércio de terras raras e a importação de soja, influenciando assim o cenário econômico.
Para o futuro, a China planeja desenvolver “um novo tipo de relação” entre as principais potências mundiais, considerando que essas nações desempenham um papel crucial em questões de guerra e paz. A prioridade será trabalhar na construção de uma comunidade com um futuro compartilhado junto aos países vizinhos, seguindo essa linha de cooperação estabelecida ao longo deste ano.
A atenção para o Sul Global só virá depois, com foco eventual no Hemisfério Ocidental, que foi um alvo de críticas durante a administração Trump. O governo chinês promete acompanhar de perto os eventos na América Latina e assegurar apoio aos países da região no que diz respeito à defesa de sua soberania e dignidade. Além disso, reafirma que respeitará os caminhos de desenvolvimento escolhidos de forma independente por essas nações.
Por outro lado, figuras influentes na política externa dos EUA, como o acadêmico John Mearsheimer, da Universidade de Chicago, estão cada vez mais voltadas para a Ásia. Após visitar China e Taiwan nos últimos anos, Mearsheimer agora se encontra no Japão, onde traz uma análise que se alinha com a visão exposta por autoridades chinesas. Ele é reconhecido por suas abordagens realistas sobre as dinâmicas de poder na região, refletindo um cenário complexo e em constante evolução.