Uma embarcação registrada em outro país foi multada na China por usar indevidamente a internet via satélite Starlink enquanto estava em águas territoriais chinesas. A infração foi descoberta durante uma inspeção de rotina realizada por autoridades no porto de Ningbo, localizado na província de Zhejiang.
Durante a análise do navio, os agentes marítimos notaram uma antena retangular no convés, que não se parecia com os equipamentos de comunicação padrões usados em embarcações. Após verificações detalhadas, foi constatado que se tratava de um dispositivo de comunicação via satélite de baixa órbita, conhecido como LEO. O equipamento foi identificado como sendo da Starlink.
As investigações mostraram que o navio continuou a enviar dados após entrar nas águas da China, o que infringe as normas de telecomunicações e diversidade de rádio do país. A China tem controles rigorosos sobre o uso de sistemas de comunicação via satélite e, neste caso específico, o serviço Starlink, que pertence à empresa SpaceX, não tem autorização para operar dentro de suas fronteiras.
As autoridades chinesas consideram o Starlink uma potencial ameaça à segurança nacional, já que ele transmite dados diretamente para estações no exterior, sem passar por infraestrutura autorizada internamente. De acordo com a legislação local, todas as comunicações via satélite devem ser feitas através de estações de retransmissão situadas na China, e qualquer equipamento que utilize frequências de rádio no país deve receber autorização previamente. Os terminais da Starlink não têm essa aprovação necessária.