Às vésperas do Natal, o Papa Leão XIV fez um apelo por um cessar-fogo temporário nos conflitos ao redor do mundo. O pedido foi realizado na noite de terça-feira, 23 de dezembro, em Castel Gandolfo, onde o papa passava um dia de descanso e trabalho.
Leão XIV pediu que todas as pessoas de boa vontade respeitem, ao menos durante a celebração do nascimento de Jesus, um dia de paz. O papa expressou sua tristeza devido à recusa da Rússia em aceitar uma trégua durante o período natalino. Ele pediu que, quem sabe, as vozes que clamam por paz possam ser ouvidas, permitindo pelo menos 24 horas sem hostilidades.
O pontífice comentou sobre a situação na Ucrânia, lembrando que, nas últimas horas, houve um aumento na violência com ataques aéreos russos em várias regiões do país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou que mais de 650 drones e ao menos 30 mísseis foram lançados, resultando na morte de pelo menos três pessoas e ferindo outras 17. O papa lamentou o fato de que, apesar dos vários apelos feitos, a proposta de suspensão temporária das hostilidades pela Rússia não foi aceita.
Além da Ucrânia, Leão XIV também voltou sua atenção para o Oriente Médio. Ele destacou a situação em Gaza e mencionou a recente visita do cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, ao território palestino, considerando essa ação como um gesto significativo. O papa teve uma conversa com o padre Gabriel Romanelli, da Igreja da Sagrada Família, em Gaza, que relatou que a comunidade está se esforçando para celebrar o Natal em meio a grandes dificuldades.
O papa reiterou que o Natal deve servir como um momento de reflexão sobre a importância da vida humana. Ele enfatizou que a incarnização de Deus como homem é um convite para que todos entendam melhor o significado de viver plenamente. Leão XIV expressou o desejo de que o respeito pela vida humana seja resgatado em todos os momentos, desde a concepção até a morte natural.