Em países de língua inglesa, é comum encontrar a expressão “B.Y.O.B”, que significa “bring your own booze” (traga sua própria bebida). Porém, a banda de rock americana System of a Down reinterpretou essa sigla de forma crítica e irônica com a música “B.Y.O.B.”, lançada em 2005. Nela, a expressão se transforma em “bring your own bombs” (traga suas próprias bombas), fazendo referência à Guerra do Iraque e à indústria bélica.
A música é o primeiro single do álbum Mezmerize e critica como os políticos e a indústria de armas se beneficiam de conflitos. Na época em que foi lançada, a Guerra do Iraque estava em andamento, e a letra questiona as razões pelas quais os mais pobres são frequentemente enviados para lutar em guerras enquanto os poderosos permanecem protegidos.
“B.Y.O.B.” rapidamente se tornou um dos sucessos mais reconhecíveis da banda e recebeu um Grammy em 2006 na categoria “Melhor Performance de Hard Rock”. O álbum Mezmerize alcançou o primeiro lugar nas paradas em mais de 10 países, incluindo os Estados Unidos.
Além da System of a Down, outras bandas também usaram a música como forma de protesto. Por exemplo, em 1969, o grupo Creedence Clearwater Revival lançou “Fortunate Son”, uma canção que criticasse a Guerra do Vietnã e o recrutamento de jovens menos favorecidos para o serviço militar. “Fortunate Son” se tornou um hino de resistência e, recentemente, foi classificada como uma das melhores canções de protesto de todos os tempos.
Esses exemplos mostram como a música pode ser uma ferramenta poderosa para criticar guerras e questionar as injustiças sociais, abordando temas que ressoam nas nossas sociedades.