União Europeia enfrenta desafios por falta de produção de metais
A União Europeia está passando por um momento difícil. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o continente tomou medidas rápidas para reduzir sua dependência do gás russo. A iniciativa, chamada REPowerEU, trouxe investimentos em novas infraestruturas e diversificação de fornecedores, o que foi um passo importante, mas a situação ainda é complicada.
No entanto, ao diminuir a dependência do gás, a Europa agora enfrenta um problema mais profundo e potencialmente mais sério: a fragilidade nas cadeias de suprimento de metais essenciais. Richard Holtum, diretor da empresa Trafigura, alerta que a falta de fornecimento de metais críticos pode ter consequências graves. Sem esses recursos, não há como produzir semicondutores, desenvolver energias renováveis, fabricar equipamentos militares ou avançar na inteligência artificial.
Uma dependência preocupante
A questão central é que a Europa tem se tornado excessivamente dependente de fornecedores externos. Além disso, a capacidade industrial do continente para produzir e processar minerais tem diminuído. Nos últimos anos, a situação se agravou: não há novas fundições construídas na Europa desde a década de 1990, e cerca de um terço das instalações existentes foram fechadas ou diminuíram suas operações.
Enquanto isso, a China tem adotado uma estratégia agressiva para ampliar seu controle sobre a capacidade global de refino de metais, algo fundamental para a economia moderna. Essa dinâmica coloca a Europa em uma posição vulnerável, fazendo com que a região precise repensar sua abordagem em relação ao setor de metais e minerais.
A falta de investimentos e a deterioração da infraestrutura de produção na Europa levantam a necessidade urgente de ações para garantir a segurança das cadeias de suprimento e a autossuficiência em um mundo onde a demanda por tecnologia e inovação continua a crescer.