sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
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Europa considera possibilidade de Ucrânia perder território para paz

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[email protected] EM 4 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 22:56

Na Europa, países têm intensificado o apoio à Ucrânia em meio a negociações paradas com a Rússia, quase quatro anos após o início da invasão. A preocupação é que a Ucrânia possa ser pressionada a ceder parte de seu território em troca de garantias de paz.

Recentemente, representantes de segurança de França, Alemanha, Finlândia, Itália e Reino Unido se reuniram com Rustem Umerov, líder da delegação ucraniana, em Bruxelas. Embora o encontro tenha sido produtivo, surgiram divergências sobre quais concessões territoriais a Ucrânia poderia considerar.

A ideia de que a Ucrânia poderia fazer grandes concessões está se espalhando, apesar do discurso oficial dos líderes, que garante que apenas a Ucrânia decidirá sobre seus territórios. O presidente francês, Emmanuel Macron, deixou claro que qualquer decisão deve partir de Kiev, mas há um aumento da pressão política em busca de garantias de segurança. Essa pressão pode ser vista como um sinal de cansaço entre os países europeus em relação ao conflito.

Além disso, há resistência por parte de nações do Leste Europeu, como Polônia e países bálticos. Esses países estão preocupados com a possibilidade de a Ucrânia abrir mão de parte de seu território, mesmo que temporariamente. Eles temem que isso possa afetar sua própria integridade territorial, caso um acordo congele o status de áreas consideradas estratégicas.

Uma reportagem de Der Spiegel mencionou uma conversa entre líderes europeus, incluindo Macron e Zelenski, sobre as garantias necessárias e a possibilidade de “traições” nas negociações. A discussão também abordou o papel dos Estados Unidos nas tratativas. Segundo a publicação, houve um consenso entre os líderes para não deixar a Ucrânia dependente nem de Washington nem de Moscou.

Por sua vez, fontes do Palácio do Elíseo enfatizaram que a palavra “traição” não foi utilizada no resumo da conversa. No entanto, o relatório destaca que as garantias de segurança são essenciais para prevenir uma nova escalada por parte da Rússia. O governo francês reiterou que nenhuma decisão significativa deve ser tomada sem a participação da Ucrânia e do restante da Europa.

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