Os preços do petróleo apresentaram alta nesta quarta-feira, após uma nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e a Rússia não resultar em um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia. A expectativa de que um acordo poderia levar ao relaxamento das sanções sobre as exportações de petróleo da Rússia não se concretizou, embora o otimismo tenha sido contrabalançado por preocupações sobre a possibilidade de excesso de oferta no mercado.
O petróleo tipo Brent, referência internacional, fechou com aumento de 0,4%, alcançando o valor de US$ 62,67 por barril. Já o petróleo West Texas Intermediate, usado como referência nos Estados Unidos, registrou uma alta de 0,5%, sendo cotado a US$ 58,95. Antes deste aumento, ambos os tipos de petróleo haviam caído mais de 1% na sessão anterior.
As informações mais recentes da Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos indicam que os estoques de petróleo, gasolina e produtos refinados subiram na última semana. A análise mostrou um aumento de 574.000 barris nos estoques de petróleo na semana que terminou no dia 28 de novembro. As previsões apontavam para um aumento de 821.000 barris, indicando um cenário de menor demanda do que o esperado.
Os estoques de gasolina também subiram, com um aumento significativo de 4,52 milhões de barris, superando as expectativas dos analistas, que projetavam um acréscimo de apenas 1,5 milhão de barris. No caso dos produtos refinados, como diesel e óleo para aquecimento, houve um aumento de 2,1 milhões de barris, também acima da previsão de incremento de 700 mil barris.
Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações da BOK Financial, comentou sobre a situação do mercado, destacando que a oferta global continua alta. Ele observou que os ajustes no mercado se intensificam à medida que as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia estão longe de serem concluídas. Kissler também mencionou que o ambiente permanece instável devido a questões geopolíticas que influenciam o mercado de petróleo.
Com todo esse panorama, os investidores permanecem cautelosos, tendo em mente as oscilações provocadas por fatores externos e suas repercussões nos preços do petróleo.