quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
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Ucranianos buscam esperança no quarto Natal durante a guerra

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[email protected] EM 23 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 20:54

A Rússia Rejeita Trégua de Natal e Ucranianos Enfrentam Quarto Natal em Guerra

A Rússia não aceitou o pedido de uma trégua de Natal, enquanto a Ucrânia se prepara para passar seu quarto Natal em meio ao conflito. Nesta terça-feira, dia 23, novos ataques russos em larga escala atingiram áreas da Ucrânia, resultando em mortes e em cortes de energia, agravando ainda mais a situação dos civis.

Apesar das dificuldades e incertezas que a guerra traz, muitos moradores de Kiev tentam aproveitar as festividades do Natal, especialmente em um mercado natalino montado na capital. Antes da grande invasão, a maioria dos ucranianos comemorava o Natal em 6 de janeiro, mas a partir de 2022, muitos decidiram celebrar no dia 25 de dezembro como uma forma de se distanciar da influência russa.

Um exemplo é a Tatiana, que leva seu filho, Mikola, de 10 anos, para patinar no gelo na região histórica de Podil, em Kiev. “Faço tudo para que ele entre no espírito do Natal”, diz ela. Outros, como Natalia, que também visitou o mercado com a família, mencionam a difícil realidade que enfrentam: “O ânimo está um pouco apagado pelo que está acontecendo no nosso país, mas tentamos nos animar um pouco”.

Embora a tradição de celebrar em 25 de dezembro esteja se espalhando, muitos ainda mantêm seus costumes. Ilya, de 23 anos, explica que sua família agora celebra duas vezes: no dia 24 de dezembro e no dia 6 de janeiro. Ele descreve a celebração tradicional, que envolve uma ceia em família, mas expressa tristeza em relação a este Natal, já que sua cidade, Sumy, tem enfrentado sérios problemas devido a ataques russos constantes.

Nesta terça-feira, os ataques à infraestrutura energética deixaram pelo menos três mortos e geraram novos cortes de energia a poucos dias do Natal, enquanto as conversas de paz avançam lentamente. A vendedora Lilia, que vende cerveja quente no mercado, ressaltou que a dor e a destruição tornam difícil a celebração. “As pessoas não têm como comemorar quando prédios caem e vidas se perdem. Mas, ainda assim, levam as crianças para passear, pois elas ainda não entendem a gravidade da situação”, afirmou.

Apesar das dificuldades, Lilia expressa esperança, destacando a importância dos mercados de Natal para dar um momento de alegria às crianças, que precisam de um alívio em meio aos desafios que a guerra impõe. O conflito, que se intensificou em fevereiro de 2022, completará quatro anos no fim de fevereiro de 2026.

A recusa do Kremlin em aceitar uma trégua de Natal se deu principalmente sob a alegação de que isso beneficiaria a Ucrânia em tempos de hostilidades. Nos últimos meses, a Rússia tem direcionado ataques a infraestruturas críticas da Ucrânia, deixando a população ainda mais vulnerável em pleno inverno.

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