quarta-feira, 12 de novembro de 2025
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GM pede que fabricantes removam China de cadeias de suprimentos

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[email protected] EM 12 DE NOVEMBRO DE 2025, ÀS 15:24

A General Motors (GM) orientou seus fornecedores a descontinuar a utilização de peças provenientes da China em suas cadeias de suprimentos. Essa decisão reflete a crescente preocupação da montadora com as consequências das disputas geopolíticas que afetam suas operações. De acordo com fontes ligadas ao assunto, a GM estabeleceu um prazo até 2027 para que alguns de seus fornecedores reduzam seus vínculos comerciais com o país asiático.

Executivos da GM comunicaram aos fornecedores a necessidade de encontrar alternativas a matérias-primas e peças chinesas. Essa medida tornou-se mais urgente com a intensificação da disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, especialmente após ações como as tarifas impostas pelo governo americano.

Essas tensões geopolíticas têm gerado apreensão entre os líderes do setor automotivo, especialmente em 2025, ano em que os efeitos das políticas de Donald Trump, como tarifas comerciais, deixaram os mercados em estado de alerta. O temor de interrupções no fornecimento de materiais, como terras raras e chips eletrônicos, levou as montadoras a reconsiderar sua dependência da China, tradicionalmente uma fonte vital de componentes e insumos.

Em resposta à pressão do governo dos EUA por mais investimentos e criação de empregos, as montadoras começaram a expandir suas operações em território americano. Contudo, muitos executivos percebem um movimento bipartidário crescente em direção a uma relação mais fria com a China. Assim, algumas montadoras estão reconsiderando vínculos comerciais que foram consolidados ao longo de décadas.

O foco da GM é principalmente em componentes e materiais utilizados nos veículos fabricados na América do Norte, onde a empresa produz a maioria de seus automóveis. A montadora busca priorizar a aquisição de peças de fábricas norte-americanas para os carros produzidos na região, mas se mostra aberta a estabelecer novos relacionamentos comerciais fora da China.

A estratégia da GM também abrange outros países que enfrentam restrições comerciais dos EUA, como Rússia e Venezuela, sendo a China a principal fonte de peças automotivas nessa lista. A montadora já vinha tomando iniciativas para reduzir sua dependência chinesa, especialmente em relação a materiais de baterias e chips de computador. Por exemplo, a GM firmou parcerias com empresas norte-americanas no setor de terras raras e investiu em uma mina de lítio em Nevada, visando garantir materiais para futuros veículos elétricos.

Em declarações recentes, a presidente-executiva da GM, Mary Barra, destacou o compromisso da empresa em fortalecer sua cadeia de suprimentos. Ela ressaltou que a montadora busca sempre obter peças no mesmo país onde realiza a montagem dos veículos, sempre que possível.

Em uma conferência recente, Shilpan Amin, responsável pelas compras globais da GM, mencionou que o risco de interrupções no fornecimento levou a empresa a mudar sua abordagem, deixando de lado a procura apenas por países com menores custos. Ele enfatizou a importância da resiliência na cadeia de suprimentos, garantindo maior controle sobre o que está sendo adquirido e de onde vem cada componente.

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