A situação da guerra na Ucrânia pode estar entrando em uma nova fase, com a apresentação de um plano de 28 pontos elaborado por oficiais dos Estados Unidos e da Rússia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, se reunirá com representantes do Pentágono em Kyiv nesta quinta-feira para discutir essa proposta, que apresenta medidas polêmicas.
Um dos aspectos mais controversos do plano é a possibilidade de a Ucrânia ceder a região do Donbas, atualmente sob controle russo. Além disso, o documento sugere que as forças armadas ucranianas sejam reduzidas pela metade. Outra medida proposta é a limitação da quantidade de armamentos de longo alcance e a suspensão da ajuda militar ocidental, o que poderia afetar gravemente a segurança da Ucrânia.
O plano também inclui o reconhecimento do idioma russo como língua oficial na Ucrânia e a formalização do status da Igreja Ortodoxa Russa, levantando preocupações sobre uma possível russificação do país. Até agora, não houve confirmação oficial do conteúdo do acordo, e a reação de Zelenskyy pode ser negativa, pois ele já manifestou que não está disposto a ceder nenhum território.
As reações em Kyiv e entre aliados europeus são de cautela. Muitos veem o plano como uma repetição das exigências máximas da Rússia, desrespeitando limites previamente estabelecidos por Zelenskyy e seus aliados. A proposta que sugere a redução da ajuda militar dos Estados Unidos também causa preocupação, visto que esse apoio é crucial para a resistência da Ucrânia contra a agressão russa.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que qualquer acordo duradouro exigirá concessões difíceis de ambas as partes. Ele ressaltou a importância de manter um diálogo que leve em consideração a realidade do conflito, mas as especificidades do plano ainda não são claras.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos dessa situação, ciente de que qualquer acordo poderá ter repercussões significativas na segurança da Europa e nas relações entre a Rússia e o Ocidente.